Freguesias

Navarra

Coordenadas GPS Junta Freguesia N 41º36'11'' / W 8º22'57''

Área
 - Total2,24 km²
População (2011)
 - Total460
 - Densidade205,4/km2 

Fica localizada na banda nordestina do concelho. Está encaixada entre as congéneres Adaúfe (a Poente), Santa Lucrécia de Algeriz (a Sul) e Pousada (a Nascente). Encontra-se implantada num vale aberto, na bacia orográfica do rio Cávado. Inserida num contexto predominantemente rural, domina em Navarra a actividade agrícola (sobretudo do ramo frutícola) e a pecuária.

É plausível afirmar que o espaço desta freguesia tenha sido objecto de ancestral romanização como atestam alguns fragmentos de tijolo e tégula encontrados, num terreno não lavrado, no sítio da Bouça Alta.
Em termos eclesiásticos, S. Lourenço de Navarra foi durante séculos uma vigararia anexa à abadia de Crespos. Em termos administrativos, a desanexação de Navarra em relação a Crespos, ocorreu em 1885 através da acção do Governador Civil da época, Jerónimo da Cunha Pimentel.

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Crespos

Coordenadas GPS Junta Freguesia N 41º36'17'' / W 8º21'31''

Área
 - Total4,19 km²
População (2011)
 - Total899
 - Densidade214,6/km2 

Fica localizada na extremidade nordestina do território concelhio. É delimitada pelas congéneres freguesias de Navarra a Noroeste, Santa Lucrécia de Algeriz a ocidente e Pousada na parte oriental. A sua extremidade confronta a freguesia com os concelhos de Amares (Norte) e Póvoa do Lanhoso (Sudeste). É uma freguesia de extensão mediana e com baixo índice de povoamento.
Está implantada em fértil e formoso trecho da bacia orográfica do Cávado na sua margem esquerda. Apresenta uma topografia acidentada, predominando as humosas e bem irrigadas áreas de cultivo, responsáveis desde há séculos pela sua vocação agrícola, apesar de registar uma residual indústria madeireira. As condições fito-climáticas são particularmente favoráveis à fruticultura.

A freguesia já foi territorialmente mais extensa até ao século XIX, mais precisamente até 1862, ano em que se procedeu à desanexação da actual congénere de Navarra. Os topónimos "Paço" e "Quintã" remetem-nos para antigas estruturas residenciais e propriedades fundiárias de raiz medieva e cunho senhorial. Durante vários séculos foi abadia de apresentação da mitra bracarense.
A maior riqueza patrimonial de Crespos reside na zona ribeirinha junto ao Cávado. Na verdade, o sítio das azenhas do Ombra são um aprazivel e bucólico trecho prenhe de encanto natural. Estas construções robustas de magnificiência singular, apresentam grande valor arquitectónico e são o testemunho mais fiel do passado da economia artesanal da freguesia. 


Património Religioso
A Igreja paroquial é um templo de razoáveis proporções
integrando uma elegante torre sineira adossada ao
flanco meridional e em posição ligeiramente recuada em
relação à frontaria.
 Apresenta-se revestida com azulejo de
padrão geométrico, ostentando uma sóbria mas equilibrada
traça, talvez datada do século XVIII (a torre será já oitocentista...)





As azenhas dispostas quase em linha, construidas com
a formatura tradicional em cunha, são de grande dimensão.
São construções robustas que atingem mais de cinco metros de altura.
A sua singularidade arquitectónica merece uma
preservação patrimonial especial.


























Património arquitectónico civil
















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Pousada 

Coordenadas GPS Junta Freguesia N 41º36'18'' / W 8º20'46''

Área
 - Total3,04 km²
População (2011)
 - Total448
- Densidade147,4/km2 

Fica localizada no extremo nordeste do concelho de Braga. A sua posição geográfica marginal marca a sua confrontação,  pelo lado poente, com a sua congénere Crespos, nas partes nascente e sul com o concelho da Póvoa do Lanhoso e na zona setentrional, separada pelo rio Cávado, com o concelho de Amares. A freguesia apresenta uma disposição territorial de sentido norte-sul, ocupando 304 hectares de superfície.
Pousada possui uma topografia suave, e os seus solos são muito férteis para a agricultura. Não obstante o predomínio da actividade agrícola,  possui alguma pequena indústria ligada essencialmente ao trabalho da madeira.
A designação "Pousada" do latim vulgar pausata é frequente tanto em Portugal como na Galiza e remete possivelmente para os primórdios da ocupação do espaço e que sugere estalagem, albergaria, lugar de pouso. 


No sítio das "lages", vestígios arqueológicos indiciaram a existência de um habitat provavelmente de origem romana.Tratam-se elementos arquitectónicos e de abundantes fragmentos de cerâmica doméstica e de construção. 

Património arquitectónico civil

Em termos patrimoniais, o destaque vai para a Ponte do Porto ou Ponte de Peroselo como também é conhecida. Esta é considerada Monumento Nacional desde 1910 e remonta possivelmente ao século XIV pelo tipo de siglas que possui nos silhares. Contudo, Pousada ostenta um significativo número de solares de soberba arquitectura de traça maioritariamente barroca.


O magnífico solar da Pena possui uma opulenta em
cerca ameada e flanqueada por dois templetes. Todo
o conjunto é de traça barroca e remontará ao último
quartel do século XVII, a crer numa inscrição num
painel azulejar que faz referência a 1680. restaurada
nos ultimos decénios, a Casa da pena ostenta ainda
uma formosa pedra de armas no remate da porta carral
e uma bela imagem barroca de N. Senhora da Piedade
patenteada no templete particular.
















O Solar da Quinta das Lajes tem origem
provavelmente no século XV. Apresenta no flanco
direito uma imponente capela barroca, em cuja
esplêndida frontaria se destacarão o respectivo portal e
o harmonioso nicho que lhe sobrepõe. A propriedade
apresenta vestígios de ocupação romana e funciona
actualmente como unidade de turismo de habitação.

A Ponte do Porto presenta uma estrutura granítica longa de cerca 150 metros de comprimento com onze arcos. O tabuleiro é estreito e irregular, com 2,8 metros de largura. Possui fortes talhamares a montante e tímpanos vazados de volta perfeita nos 3 elementos centrais.






A igreja paroquial de S. Paio de Pousada é um 

pequeno templo de traça arquitectónica de gosto

barroco que remontará ao século XVIII. Inclui, adossado

ao flanco Norte, um pequeno campanário de dupla

sineira, assente em tramo de muro vazado por abertura

em arco redondo. Na frontaria sobressai o enorme

portal, rematado por um frontão interrompido e

sobrepujado por artístico nicho de caprichoso

emolduramento.
Património Religioso